Povo indígena deixa beira de estrada e vai para Aldeia em Guaíba



Nelson Goulart


               
Indios na Adeia Tapé Porã (FOTO Nelson Goulart)
        Após viverem anos em beira de estrada os índios Guaranis hoje tem uma aldeia chamada Tapé Porã ( seu significado é Caminho Sagrado), e fica localizada cidade de Guaíba, região metropolitana de Porto Alegre,  no Passo Grande, numa área de 143 hectares, lá moram 24 famílias indígenas, totalizando um total de 98 pessoas. Eles fazem parte do povo indígena Guarani.
             Este povo encontra na terra o seu sustento:  frutas, caça, pesca e matérias primas para fazer artesanatos e plantas medicinais. Na concepção dos Guaranis terra é o lugar onde as pessoas convivem, passam adiante suas histórias e seu ensinamentos, onde as crianças e os jovens aprendem com os mais velhos. “É o lugar onde o povo vive a sua religião e constrói uma casa que será conhecida como a casa de reza”. Explica o cacique Tarcísio Gomes.




             E através da música, os Guaranis adultos narram cantando o que os pássaros, os rios e os animais querem dizer. O canto, a dança e a música também estão presentes nos rituais que acontecem na aldeia. Os MBYA GUARANI vivem no Brasil, Argentina e Paraguai e em menor número no Uruguai. Myba significa uma classificação étnica, linguística e sócio cultural ( dentro do grande grupo Guarani), que serve para diferenciar dos não indígenas, de outros indígenas e para se conhecerem entre si.
             Conforme mostra o gráfico iremos encontrar essa tribo nas regiões do Brasil, Com uma população de 30 mil pessoas e 2 mil só no Rio Grande do Sul.

              De acordo com Cora Silveira, Extensionista da  EMATER/ASCAR-RS eles tem como objetivo contribuir gratuitamente para o desenvolvimento econômico e social desta comunidade, através da assistência técnica e extensão rural. Para atingir estes objetivos, realizam ações de assessoramento que visam a inclusão social.
                   Dentre as atividades que estão sendo desenvolvidas está a implantação de roças, principalmente de batata doce e milho, pomares, hortas e criações de aves e peixes para o próprio consumo.
Visando geração de renda o artesanato é a principal fonte, desta forma vem se fazendo oficinas de capacitação, buscas de novos mercados para a comercialização, feiras e exposições, dentre outros.
                   Para que estes trabalhos pudessem acontecer o bom relacionamento e a confiança com a lideranças é de fundamental importância, relata Cora
Para o futuro dos índios o  Cacique Tarcísio Gomes apenas diz que um dia espera que o povo  indígena possam ser reconhecidos pela sociedade e que ainda irão lutar pela inclusão social. 
Cacique Tarcísio da Tribo MBYA GUARANI



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