“Acabou a pirâmide com as redes sociais, quem decide é a audiência”

Foto: Google imagens/depositphotos
Com essa opinião contundente a respeito do processo de produção da notícia, o repórter da rádio Gaúcha, Rodrigo Oliveira, introduziu o projeto “Papos com a Mídia” do grupo RBS na noite de terça-feira, 29, na faculdade São Francisco de Assis. Segundo o jornalista é o público que defini o grau de importância da pauta vislumbrada.

Ainda que inclinado à opinião pública, o expositor destaca que para uma execução mais adequada aos anos de estudos é importante diferenciar o “interesse do público” do “interesse público”. Sendo esse último um norteador para a produção jornalística que necessita de maiores critérios do que o desejo e o gosto da audiência.

Rodrigo é um usuário intenso das redes sociais e considera, essencial, que o profissional saiba lidar com todas as plataformas possíveis, “O jornalista tem de operar com todas as mídias, em especial, as redes sociais”, diz. Além de imediata é porta de entrada das mais variadas manifestações de colegas, políticos e celebridades. Com essa ferramenta é possível ter um feedback instantâneo do trabalho, além da possibilidade de interagir com seus seguidores.

O repórter destacou a importância da qualificação profissional, e como ela pode ser responsável pelo progresso na área de atuação, “Vinte e um anos e fui para a copa do mundo por falar inglês”, contou. Oliveira cobriu duas copas, a de 2010 na África do Sul e a de 2014 no Brasil, “A copa do mundo de 2010
foi o melhor momento da minha vida, onde eu me senti mais feliz”.

Muito importante é estar ligado nas oportunidades e ter a iniciativa para a execução do trabalho, “Fiz a primeira pergunta ao técnico dunga depois da eliminação do Brasil”. Na ocasião, uma coletiva, não ouve a infeliz discriminação entre repórteres, “Quando o responsável pela coletiva entrou, levantei a mão”.


O convidado é um apaixonado por futebol e rádio, exatamente com o que trabalha atualmente, e diz estar satisfeito. Mas almeja alcançar novas responsabilidades na empresa onde atua. Por trabalhar com o futebol, questionamentos a cerca do seu “time de coração” não faltaram, mas não quis nos contar, “Sou contra o repórter revelar para que time torce. Qual interesse da audiência? Só serve para colocar o trabalho do profissional em cheque”. 

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