Em entrevista, Faustão fala sobre as influências gaúchas no seu trabalho

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                                                             foto: memoriaglobo.globo.com

Em entrevista à Rádio Gaúcha, o apresentador das tardes de domingo da Globo, Fausto Silva falou um pouco da sua trajetória na comunicação. Demonstrando admiração pelo povo gaúcho, ele relembrou o convite para trabalhar no sul na própria Gaúcha no início da carreira. "Foi o professor Rui Carlos Osternann que me convidou, na época" - contou ele aos apresentadores do programa Timeline Gaúcha. Além das memórias, o apresentador falou sobre como conduz o seu programa atual, comentou o cenário político e econômico do Brasil, e sobre as gerações do rádio no sul e suas influências.

Ele fala que o Rui Carlos Osternann estava saindo da rádio Guaíba e iria montar um novo time na Gaúcha e o convidou - "por pouco não vim morar em Porto Alegre".

Fausto deixou clara sua admiração pelos gaúchos: "os gaúchos são comandantes tanto no futebol como em outras áreas como o próprio Carlos Henrique Schroder que é o atual diretor geral da Rede Globo, a força da mulher gaúcha nos últimos anos" - disse ele, enfatizando a boa formação e desenvolvimento cultura do RS.

Na economia, o apresentador demonstrou estar por dentro das notícias sobre a crise do Estado, e disse que torce pela virada deste quadro econômico negativo. 

Quando perguntado sobre a internet, se tem grandes benefícios - Faustão diz que sim. Segundo ele, a internet também é um grande problema do mundo. "Quando se está há 35 anos no ar, como eu -  precisamos falar muito, com isto é fácil cometer erros e ficar exposto". Fausto diz que uma frase fora do contexto por gerar um problema, mas já não dá bola para isso pela experiência que tem.

Sobre a política brasileira, o apresentador disse que não sofreu qualquer tipo de pressão, ou pela emissora onde trabalha ou por partidos ou ideologias. Faustão disse querer distância da política. "A minha única bandeira é termos um país descente, e que a Lava-Jato já deveria ter começado muito antes,  o lado positivo do que está acontecendo hoje é que a classe pobre tem consciência em acabar com a corrupção." - disparou ele. Além disso, Fausto Silva disse que não usa ponto eletrônico e que a Globo não interfere nos seus discursos ao vivo nos programas de domingo. "Até por isso que o nome do programa é Domingão do Faustão, eu falo o que eu quero"- disse ele.

Com orgulho, relata que seu programa é "ao vivo" na maior emissora do país - visto por crianças e idosos, pode ser chamado de "programa supermercado" e por isso tem que usar linguagem para todos os públicos. O Domingão é popular, mas também pode falar de assuntos de prestação de serviço como câncer de mama com um especialista. Faustão contou que precisou se adaptar para atender ao público - foi mudando com o tempo a linguagem e adquirindo personalidade artística com uma marca definida. "Quando eu era do rádio tinha uma linguagem, quando estava no Estadão era outra mais intelectual e quando era no programa Perdidos da Noite era adaptada porque tinha censura política, mas sem perder a personalidade." - contou ele.

Ao final, comentou o acidente com o time da Chapecoense e o que pode ser dito hoje da solidariedade recebida Ele citou uma frase de Chico Xavier: “Até nas grandes tragédias sempre tem um fato positivo não se revolte não pergunte por que um dia você vai ter esta resposta até mesmo depois das grandes tragédias."

Ele disse que hoje a cidade está muito mais unida para se solidarizar com as famílias da delegação e que isso serve de exemplo para o povo brasileiro usar em outras áreas,  como saúde e educação.






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