O povo indígena em Porto Alegre

Foto: Correio Nagô
Por Guilherme Ness

Em Porto Alegre vivem três povos indígenas, são eles: Charrua, Guaranis e Kaingang. Cada um deles tem identidade própria, cultura, língua, crenças e costumes diferentes. Segundo a Fundação Nacional do Índio (Funai) calcula-se que vivam aproximadamente 1,1 mil indígenas na capital gaúcha e de acordo com a Coordenadoria Municipal dos Povos Indígenas e Direitos Específicos, existem em torno de 12 aldeias.

O município é referência no que diz respeito ás políticas públicas para a população indígena local, a cidade possui, por exemplo, leis municipais contemplando os povos que vão além da legislação vigente no país. No artigo 200 da Lei Orgânica de Porto alegre, há seis parágrafos que explicam como se deve promover e incentivar a valorização e a proteção da cultura indígena. O texto determina, entre outras coisas, que o Poder Público é responsável pela criação de projetos especiais para incluir as produções dos índios como parte cultural da cidade. Mas existe margem para melhorias, afirma a prefeitura de Porto Alegre.

Membros das aldeias, geralmente mulheres com crianças estão diariamente presentes no centro da capital, isso refere-se ao poraró, prática reconhecida como legítima pelo município em 2011 e que contempla apresentações musicais e comercialização de artesanatos em espaços públicos. Conforme o coordenador técnico da Funai em Porto Alegre, Jorge Carvalho, o município é uma das cidades que está a frente na garantia de direitos dos indígenas á utilização de espaços públicos.

Os índios não vivem em um local apropriado. Pois o espaço onde vivem não é o adequado para a cultura indígena, pela falta de rios, matas e nem a possibilidade de viver da terra. A renda obtida por eles tem origem do artesanato praticado e comercializado no centro da cidade e também no Brique da Redenção, mas alguns índios hoje também acabam trabalhando como empregados em algum outro setor. Ao contrário do que algumas pessoas podem pensar, os índios vistos nas ruas não estão em situação de rua, pois vêm e voltam para suas aldeias e acampamentos diariamente.

Fontes:
Portal PMPA - Prefeitura de Porto Alegre
Funai
CMPID

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